quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O copo, meu mundo, minha tempestade



Dentre os meus quereres, como forma de sobrevivência: quero poder desdizer tudo aquilo que disse e quero manter a calma de estar no meio da vida sem explicação. Mas de repente tenho 23 anos, a vida seguindo na velocidade do meu desespero, tendo que construir meus próprios castelos e ainda lidar com o fato de não saber nada cada vez que eu sei alguma coisa, porque é assim que funciona essa máquina do tempo, indo sempre pra frente, nunca pra trás. Preciso controlar minha euforia da busca de uma calma que eu desconheço, e que é justamente a calma de desconhecer. A dureza da realidade não tem me permitido metáforas, quando azeda, é porque realmente está azedada. As tristezas tem sido tão reais, que são apenas tristezas, nada de poesia, nada de achar graça nas desgraças, apenas a seriedade que é a grande morte silenciosa das pessoas, como consequência de uma exigência traiçoeira. Eu tenho medo do que o mundo está fazendo comigo, do que vem fazendo com as pessoas e novamente do mundo.

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