domingo, 29 de novembro de 2009

Tanto


Quer achar o que quer achar
tá bom.

Tá tudo certo.
Faz de conta que tanto faz
e as vezes tanto faz mesmo.

Não dá nada de menos
e no fim das contas não sobra nada de mais.

Cheia de ar para encher os pequenos pulmões infantis,
suspiros de uma aprendiz,

eu te disse tanto faz
mas você sabe a verdade.

A verdade é que sou a mais
o que menos você poderia imaginar.

Não me cria em imagem falsa
é só clarear
você me verá.

Por isso,
depois disso feito
eu te direi tanto faz.
tanto, tanto,
faz tanto
de mais ou de menos
tanto faz
o tanto que eu sou e quero.

2° temporada


(As prostitutas. Representadas por: Mayara Almeida, Camila Hadge, Úrsula Simas e Luisa)


Após participar da primeira temporada no Teatro Clara Nunes, o espetáculo de Domingos Oliveira segue realizando algumas apresentações especiais. Com o elenco reformulado, devido à indisponibilidade de alguns para continuar, nós que seguimos nessa segunda temporada sentimos muita falta dos que não permaneceram,  mas com um aperto no peito caminhamos em frente. E como diria Luiz Magnelli "pra cima deles!".

Depois das duas apresentações especiais no Senai- Jacarpaguá pelo Circuito Cultural do Sesi, o espetáculo "Os melhores Anos das Nossas Vidas" segue com outras apresentações marcadas em diversos lugares do Rio.
Para maiores informações, visite o blog da peça  http://teatroosmelhoresanosdasnossasvidas.blogspot.com/

sexta-feira, 27 de novembro de 2009




Sei que serei engolida pela angústia, pela sombra do espaço que "gentilmente" me abrigará, já que está acostumado a lidar com pessoas como eu. Mas eu te digo que acredito ser possível viver dos ventos, brisas, ventanias, não está sentindo? Contemplar e ser contemplada. Eis meu destino, pequeno devaneio. Um chão de madeira, cadeiras acolchoadas, cortinas longas quase infinitas, gritos e sussurros aplausos e vaias.



segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Assim



Me diz,
o que eu posso fazer para o teu sorriso
voltar a ser o céu que eu quero,
que me ilumina e me faz tão bem.

Faz um carinho um aconchego
que esse meu desespero
é só de imaginar
a falta que faz o seu inteiro
completando meu vazio que me faz....

assim, sem vontade de mim,
sem beleza em sorrir,
amarelo...
de tanto que quero o teu sim.

Me diz,
onde é que você vai
que eu posso inventar a coragem,
derrubar meus anseios
por medo de amar...

Quem sabe isso pode mudar o seu caminho
sumindo de mim
deixando rastro
com perfume de saudade

domingo, 8 de novembro de 2009

Aqui dentro


Os olhos cansados dizem que o suspiro pesado é a mesma coisa que subir ao topo do precipício. Fim da linha. E nenhum suspiro merece do outro atenção. Não era surpreendente.
Decidir ver a vida a dois pés, um passo outro passo...é difícil quando se está acostumado com o ritmo que fazem os quatro mesmo que desordenados e desarmonicos.
Estar só não é uma questão de não ter ninguém, é uma questão de ser esquecido, ou não ser lembrado ou de não ter um olhar. Olhar não é direcionar o globo ocular é o cruzar de olhos que, demorado ou não, diz mais do que qualquer palavra e não te deixa esquecer da imagem que viu e do que sentiu.
Sentir, sentir é isso. é isso! Não posso te mostrar nem definir com certeza e exatidão. É o que está aqui dentro, pulsando, fervendo, amando.


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Roleta

...e a mão do tempo vai girando a roleta
do que sei de antes não posso
mas fazer do destino o que eu bem entender.

O que hoje me diz,
são os versos que soltei
em versos cheios de rima
da infância levei.

Faz um tempo que lava e enxuga as histórias
e o que era virgem sobrou um bocado de amor
ainda ontem lembrava do meu esplendor,

só que a roleta que gira faz do agora um pulo
para aquilo que chamamos de futuro,
que eu espero e não sei
se vai ser como sou ou como eu serei...