sábado, 25 de fevereiro de 2012

O clímax de um cansaço

...é que tem tanto mundo dentro de mim que estou "estragada". Mas isso não é o pior, mais grave é estar pensando por essas vias tão "humanas": querer uma salvação pra cada problema, amar e doer na mesma linha, entre tantas outras convenções do mundo desesperado, do qual se faz parte em via de mão dupla, onde muitas vezes o maior benefício recebido é cansar-se para manter-se vivo.
Apesar de tudo nessa vida ser um pouco (ou somente) elaboração, falo de um "corte" na pele que existe, sangra e dói. Falo por concepção própria, tão funda quanto a ferida que arde. O que chama-se "profundo" no mundo dos homens que já nem lembram mais por que estão dizendo mas falam com propriedade antiga, soltando a torto clichês que fogem, por exemplo, da profundidade apenas “física” da questão. Como é difícil digerir o estado tal de consciência, que é uma viagem sem fim: essa bestial maneira de viver por vezes, que também é vida, esse sacrifício sorridente do dia a dia; nele também corre sangue, essa espera interminável, sufoca, porém, ainda é vida; justamente por se afirmar através da dificuldade de respirar. Acontece que isso tudo me incomoda demais. Não pelo desconforto em si, mas principalmente por ser obrigada a aceitar que tudo isso, sim, também é vida!

(Não esquecer de quando trocar de bolsa pegar o cartão do banco, ver o saldo, trabalhar e esquecer da conta que com certeza ainda não foi depositado o dinheiro...)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Porto


:pode ser “momento”, que ao mesmo tempo pequeno – diminuído - é a coisa mais urgente – e sempre mais urgente – que se pode sentir. Ao mesmo tempo menor, ao mesmo tempo a maior e mais importante coisa do mundo. E dessa coisa, sem verdade absoluta, sendo tudo e ao mesmo tempo “coisa que passa”, aquilo que se tem certeza - mesmo essa sendo inexistente, já que estamos falando de pessoas e o que tem dentro delas. E eu digo que “estou certa disso!”.
não me deixa olhar pra frente, 
não deixa que hoje acabe 
mesmo eu já acostumada a morrer 
A sorte é poder reinventar, é poder sentir que “está tudo bem agora”, são as únicas coisas que a gente tem na vida: morrer e viver.