terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Acabou o horário de verão
Salva meu chão
que ele está fugindo dos meus pés,
meus olhos querendo escorregar,
minha boca secar.
Salva a língua do deserto.
Salva as pessoas desse terremoto,
que eu já sinto meu corpo estremecer,
salva a graça das coisas do mundo,
risos estão escapando.
Salva o caminho das palavras,
de repente estou sem nenhuma,
salva a vergonha de quem não tem
sob os gemidos que não são de ninguém
Salva o som,
o ouvido está mudo,
a boca ouvindo orelhas.
Salva a visão,
de repente são apenas vultos nus.
Salva os sentidos,
esses que estão embriagados
duplicando sensações.
Salva o corpo dos amassados,
ele está sendo apertado.
Salva esse lençol das mãos,
elas estão rasgando e deixando descobertos os segredos
Dentro delas, apertados.
salva
mas salva atrasado,
e no relógio atrasou uma hora.
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mas é atrasando o relógio que se ganha uma hora a mais. de que? responda-me vc o melhor q se pode fazer com o tempo.
ResponderExcluirSensaçoes, é isso que se ganha. E eu só sei comer o tempo, nada mais.
ResponderExcluirobrigado!
ResponderExcluirpoema cheio de sensações inacabas ou mal começadas, mas tem um gosto em tudo....assim como gosto, mais ainda quando tenho uma hora a mais no meio dia para.
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