segunda-feira, 2 de agosto de 2010

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e o vento frio que ressecava a pele, assobiava sério nos ouvidos dela. Nem a blusa branca de mangas compridas aquecia o corpo, nem o vento frio esfriava aqueles constantes pensamentos. Na casa, nenhuma palavra no sofá, se quer alguma pendurada no varal esperando secar, nem mesmo no tanque de molho, nada. Seus dedos frios, seus pés escondidos pelas meias de algodão, eram tão menos importantes do que a espera. Podia resumir-se em uma figura, um corpo que ainda sentia frio por algum descuido da natureza. Um corpo. Toda mulher que espera é somente um corpo. 





6 comentários:

  1. Que merda!
    Por um momento eu pensei que você tava me descrevendo! cortinas insanas...
    juro, dá medo de vc!

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  2. vou pensar sobre isso um pouco melhor...

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  3. olha, qualquer pessoa que simplesmente espera, é apenas um corpo. Porque esperar é não agir, ainda que se tenha agido antes do esperar.

    to filosofando mto hj. Parabéns mais uma vez!!

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  4. que nossas esperas sejam feitas do mais doce algodão

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Olá, Mayara, obrigada pelo comentário. Também gostei dos seus textos, do seu blog num modo geral, inclusive ele é bonito, hehe. Ah, eu já tentie mudar esse negócio de seguir, ele desapareceu uma vez e nunca mais consegui pôr, seilá que houve. Fucei, mas sumiu e como perdi a paciência, desencanei...

    Sabe, você me lembra uma amiga minha bem querida, mas que está bem longe. Não sei porque, acho que foi a sua meia-foto. Por coincidência, ela é também atriz...

    E quanto a esse texto, esse último, não tem como não se identificar. Esperar é penoso pra toda alma...

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