terça-feira, 23 de março de 2010

(in)certezas

Eu inventei tudo sobre cartas e mentiras.
Vesti com panos de cores quentes
a sagrada verdade de um coração.
Quebrei protocolos,
servi doses altas de destempero e agonia,
fui ingênua pra tentar descobrir
duvidando de tudo o que não me fazia rir.
Não esperei cortejo na sacada
nem joguei tranças para o sapo,
segui forjando a certeza de um coração.
Confiei à espera, os meus infinitos desejos
entreguei ao amado todo o meu pranto pesado
sem  o afago decente de um amor de verdade,
sofrendo pelas frases que se completam
quando acertam o nome de cada emoção,
me alimento do sufoco com gosto de areia seca
do deserto consciente de sua grandeza
necessitado, como o homem,
da água que alimenta,
do amor.

3 comentários:

  1. Nossa!! UAU!! Vc sempre coloca o coração nas pontas dos dedos quando escreve algo, né? Ficou lindo. Em poucas frases vc conseguiu me fazer caminhar pelas incertezas!

    Adoro este seu blog, moça! nota mil!!

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  2. Oi, linda! Poxa, obrigada pelo comentário! Seus escritos tb, que beleza, hein?
    Ó geração de filhas do Chico...
    Um beijo, flôr!
    Inês.

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