sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Descobrindo o que é rir pra não chorar
Ainda tenho traços de ímpetos infantis. Me vêm quando estou desejando algo, ardentemente. Tenho medo por isso pois perco a noção racional e pressinto o quão perigoso é ter em mim somente o sentimento, mais nada. O emocional puro, sem palavras pra explicar ou apenas duas: eu quero. E desse modo me ocorreu chorar, por coisas só minhas e que por isso até me dói ouvir o barulho das teclas, entende? Deixar que pese sobre mim e que transborde em lágrimas o vazio, da espera de tantas coisas que desejo e não vem. E depois de chorar, a vida seria a mesma coisa sempre. As mesmas páginas amarelas. Me fazendo sempre pensar que não adianta nada me derramar em lágrimas, mas também que não se chora para resolver a vida. E com tantas perguntas e indagações, mas poucas respostas, talvez eu devesse mesmo me por a chorar, mas é nesse momento que me ponho a rir.
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O começo parecia eu bêbada. rs
ResponderExcluirAdorei a maneira da tua escrita.
ResponderExcluirFlores.
Senti-me confortavelmente reconhecida
ResponderExcluirem tua linha traçada. Adorei teu
cantinho, de palavras envoltas; essas
mesmas que me envolveram.
Parabéns!
O que escreves, crônica tácita, quase fábula de um artista soturno. Num corpo em tecitura com as amarras do existir: num limite os sentidos, sentires; noutra extremidade, repertório de experiências...
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