segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sintomas de uma fome

Surdos, os movimentos fazem barulho
brincam de metáfora.
Quando escondida,
a verdade nua não tem como ser dita,
de uma forma ou de outra,
faz-se.
Estávamos à luz do dia,
você sem almoço,
eu faminta.
Não tinha coisa que não fosse colchão
e os bancos eram feitos da primeira dobra de louça.
As cachoeiras aos poucos se firmaram dentro do meu banheiro
e se tudo parecia fora do lugar,
tinha chuva e fazia sol,
o espelho abafado
pelo calor de muito espaço pra pouca vontade de distância.
A página em branco que achei ser o espelho
fui eu escrita das suas mãos.

 
 

6 comentários:

  1. detalhe:
    Rose esfreando a mão suada no vidro do carro!

    Me senti vivendo um amor de titanic aqui

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  2. hahahaha, menina vc sacou de quem é a mão?! rsrs, ela mesma, Rose, no ápice.

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  3. acho essa cena tão forte no filme!
    e você retratou tão bem!
    ficou ótimo

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  4. Então, eu diria que a cena, essa da mão, retratou bem uma outra que eu senti vontade de descrever...onde esse exato momento da mão no vidro, caiu como uma luva para ilustrar o acontecido que eu conto aqui.

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