Ela se via à espera e como toda espera, era calada e branca. Vazia - Mas esse vazio da espera é tão cheio, mas tão cheio que é vazio entende? Pensou por um instante.
Passava os olhos por textos que ela escrevera em dias de tumulto. Aquelas frases e parágrafos poderiam ser escritos mil vezes que seriam iguais – talvez seja isso o que chamam de destino. Ela tinha de escrever aqueles textos, hoje considerados antigos, era como um modo de liberdade personificada. Sentia cada um deles com a voracidade de um “agora”. Cada palavra nua era ela vestida ou vice e versa.
Felícia sabia que, apesar de cada carta e cada texto terem dono, ele não saberia entender a grandeza que ela lhes oferecia pois essa grandeza, no papel, era vulnerável a pequenez dos homens que tem medo de ver. Seus escritos eram tão ela, que nem mesmo a própria conseguia enxergar com clareza. Sabia que todos os textos transbordavam numa nudez quase que sem-vergonha - quase.
Mas a espera. Felícia agora vivia a espera. E como toda ela, engajada em viver, não havia outra face se não a de quem espera, não havia uma posição para as mãos pois a espera nos faz esquecer que temos mãos, não havia um ponto fixo para o olhar, ele estava perdido naquele nada que é a visão da espera. Não havia ela naqueles dias, só havia a espera, esta que sem pudor consegue ser ao mesmo tempo o seu avesso, o inesperado. Não existia tempo para contar, somente o cansaço e o grande vazio branco. Nem uma palavra, nem um perdão,
a espera.
Passava os olhos por textos que ela escrevera em dias de tumulto. Aquelas frases e parágrafos poderiam ser escritos mil vezes que seriam iguais – talvez seja isso o que chamam de destino. Ela tinha de escrever aqueles textos, hoje considerados antigos, era como um modo de liberdade personificada. Sentia cada um deles com a voracidade de um “agora”. Cada palavra nua era ela vestida ou vice e versa.
Felícia sabia que, apesar de cada carta e cada texto terem dono, ele não saberia entender a grandeza que ela lhes oferecia pois essa grandeza, no papel, era vulnerável a pequenez dos homens que tem medo de ver. Seus escritos eram tão ela, que nem mesmo a própria conseguia enxergar com clareza. Sabia que todos os textos transbordavam numa nudez quase que sem-vergonha - quase.
Mas a espera. Felícia agora vivia a espera. E como toda ela, engajada em viver, não havia outra face se não a de quem espera, não havia uma posição para as mãos pois a espera nos faz esquecer que temos mãos, não havia um ponto fixo para o olhar, ele estava perdido naquele nada que é a visão da espera. Não havia ela naqueles dias, só havia a espera, esta que sem pudor consegue ser ao mesmo tempo o seu avesso, o inesperado. Não existia tempo para contar, somente o cansaço e o grande vazio branco. Nem uma palavra, nem um perdão,
a espera.
AHHHHHHHHHHHH QUE COISA LINDAAAA!
ResponderExcluirESCREVI UM EMAIL TRISTE ONTEM PARA UM AMOR Q PASSOU (SERÁ MESMO QUE PASSOU?) SOBRE OS TEXTOS QUE ESCREVI...
FIQUEI RELENDO MINHAS LINHAS TRISTES E ANGUSTIADAS E REFLETINDO TANTAS COISAS...
EU FUI FELICIA. MUITO FELICIA.
"Mas esse vazio da espera é tão cheio, mas tão cheio que é vazio entende?"
ENTENDO!
em toda soleira há uma espera... e se misturam, se encontram...
ResponderExcluirgostei de teu blog também.
beijo.