sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mão dupla




Aumento som e o mundo começa a tocar.
Escuto as mães falando de pele de bebê e tantas coisas mais,
percorro ruas e os sinais de estresse soam buzinas de fundo.
Quanto mais som mais cores
Vejo crianças sem lugar procurando algum para ficar,
do outro lado o som das chaves de um calhambeque anos 90
iluminando a todos com a sua brilhantina.
“O cara” é tão diferente da criança.
Em algum lugar eles se cruzam
na trilha de um estrondo surdo
que eu não pude escutar
mas senti, cada nota
suja de lama limpa e sola velha
de um velho que não se satisfaz.
Mais, mais e mais...
Quero desligar o mundo mas não posso,
Quero abaixar o som mas já virou verdade.
Não basta ver o mar pelo quadrado de segurança,
ali dentro eu posso me salvar,
talvez.
Vou indo de volta ao sol,
de volta à água,
de volta pra casa.

2 comentários:

  1. Oi Mayara!
    Que bom que você gostou do meu blog. Tb gostei do seu espaço aqui, e vou relacioná-lo em meu blog. Obrigado pela visita, e volte sempre!!!

    ResponderExcluir